Eleições Gerais 2024
Observadores da UE e Sala da Paz destacam aspectos positivos e desafios no processo eleitoral

O arranque do processo de votação em Moçambique foi avaliado como positivo pela plataforma de observação eleitoral conjunta Sala da Paz e pela missão de observação da União Europeia. Contudo, o processo também enfrentou alguns desafios, como atrasos na abertura de mesas e a ausência de alguns partidos nos boletins de voto.
De acordo com a Sala da Paz, a caracterização do ambiente nas votações foi feita em 2.982 mesas, correspondendo a 91,6% das mesas visitadas. A análise apontou que, nas 273 mesas restantes (8,4%), houve morosidade nas filas e desorganização por parte dos membros das mesas de voto (MMV). Além disso, alguns eleitores tentaram reservar espaço nas filas para pessoas ausentes, enquanto outros, alegadamente apressados, tentaram obstruir o processo.
Outro ponto crítico identificado foi a troca de posição do partido PODEMOS nos boletins de voto. Enquanto em Nampula o partido deveria ocupar a posição 17, em Cabo Delgado apareceu como 16. Na escola primária de Umcovo, na mesa nº 0100604, eleitores relataram que seus nomes estavam ausentes na lista, o que os impediu de votar.
A missão da União Europeia também considerou as primeiras horas do processo eleitoral como ordeiras, apesar de alguns problemas com o manuseamento de material eleitoral por parte dos MMV. Laura Ballarin, chefe da missão da UE, informou que suas equipas enviaram formulários de 74 mesas de voto para análise, e que a maioria das mesas abriu no horário, embora com alguns atrasos devido à falta de material ou à desorganização.
“as nossas equipas enviaram os formulários de 74 mesas de voto e a nossa equipa central esteve a analisar estes formulários. Com estes resultados, a Missão observou que a maior parte das mesas de voto abriram a horas ou com algum atraso por ausência de material ou alguma falta de organização de mesas” disse Laura Ballarin, chefe da missão da UE. (Lourenço Soares)