Política
Nampula: Edilidade diz que o empréstimo será aplicado para o bem-estar dos munícipes

O Conselho Municipal da Cidade de Nampula propôs-se um empréstimo de 50 milhões de meticais para a melhoria do seu desempenho neste exercício económico, aprovado recentemente, em sede da II Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, facto que está a criar desconforto na esfera pública.
Para dissipar os equívocos, a edilidade convocou a imprensa na manhã desta quinta-feira(08), onde explicou que, do valor em causa, não será canalizado directamente nas contas do município, todavia, servirá de garantia em caso de necessidade.
“Queremos aclarar aqui que este empréstimo servirá maioritariamente para a melhoria do bem-estar dos munícipes porque com os 25 milhões que vamos tirar, queremos comprar autocarros para o transporte público urbano, vamos construir três sanitários públicos, adquirir cestas e colocar nas árvores para a gestão dos resíduos sólidos, para além de investir em médias e pequenas empresas nos postos administrativos através do Serviço Municipal de Apoio a Micro e Pequenas Empresas” assegurou, Pereira Napuanha, vereador do pelouro de patrimônio no CMCN.
Sobre os outros 25 milhões de salários, Napuanha explicou que só será retirado quando houver défice de fundos para pagamento de salários.
“Suponhamos que o município necessita de 15 milhões de meticais para suprir as necessidades salariais, e com as nossas receitas, apenas temos 13 milhões, aí vamos recorrer à banca, para levarmos os 2 e pagarmos o mesmo valor com juros de um dia, o que quer dizer que se conseguirmos os dois milhões no dia seguinte, podemos devolver e tudo fica bem” explicou.
Para a fonte, o empréstimo não servirá para cobrir nenhuma incapacidade financeira do município como se fala, até porque o desempenho melhorou, apenas quer-se recorrer a via, para acelerar algumas actividades pertinentes.
O empréstimo terá o prazo de doze meses, sendo que no próximo ano, segundo projecções, o município será capaz de arcar com todas as despesas com os fundos próprios.
Para tal, a previsão é de aumentar a capacidade de arrecadação mensal de receitas actualmente avaliada em 20 a 25 milhões de meticais, para 50 milhões, respectivamente.
“Nestes dados actuais que querendo qualquer cidadão pode encontrar nas nossas redes sociais, ou então no BAÚ, conseguimos chegar ao 25 milhões no primeiro trimestre, que é o período em que os munícipes pagam maior parte dos impostos desde o pessoal IPA, automóvel, até o predial IPRA, e o último trimestre, é tido como o pior porque ficamos com apenas aqueles impostos diários que são de carga e descarga, receitas dos mercados e outros”. elencou. (Antônio Cintura)