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Sociedade

Golpe desmascarado: mulheres presas por cobrarem por oportunidades de emprego fictícias

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Duas mulheres de 54 e 55 anos de idade, uma natural de Maputo e a outra de Nampula, estão
a contas com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula, indiciadas
de burla a mais de 300 pessoas, com promessas de emprego no sector de Saúde.

Segundo a porta-voz do SERNIC, Enina Tsinine, a detenção foi possível graças a denúncias
das vítimas que foram cobrados valores, depois de entregarem documentos para o efeito.

O dinheiro variava de 20 a 80 mil meticais, dependendo do nível académico e da vaga em
questão. “Os agentes de serviços pagavam 30 mil meticais, técnicos de saúde 40 mil e
licenciados para vagas de médicos gerais, pagavam 80 mil meticais”, disse a porta-voz. “O
número de vítimas foi se engrossando até atingir mais de 300 pessoas e só depois de notarem
a demora para a assinatura do contrato, algumas vítimas denunciaram o caso ao SERNIC.
Fomos seguindo as pistas até a detenção das suspeitas que confessaram o crime”,
acrescentou.

Apesar de ter adiantado o número de mais de 300 pessoas burladas, Tsinine disse ser difícil
por enquanto, especificar a quantidade de denúncias, uma vez que a cada dia, uma média de
cinco pessoas ligam para fazer queixas contra as indiciadas.

Suspeitas de mais vítimas em Maputo
Segundo a porta-voz do SERNIC, suspeita-se que haja outras vítimas na capital do país, uma
vez que uma das indiciadas é proveniente de lá e decidiu se refugiar em Nampula. “Queremos
aqui, convidar a todos que reconheçam ter feito a entrega de valores monetários para concorrer
a uma vaga da área da saúde através destas senhoras, que possam contactar o SERNIC na
província de Nampula ou outra instituição próxima, para podermos anexar as queixas e
encaminhar ao tribunal” disse Tsinine.

Por outro lado, a porta-voz lembrou que para concorrer a vagas no Aparelho do Estado, não se
pagam valores monetários, apenas se submetem documentos. “Apelo para que se distanciem
desses actos, porque no caso de corrupção, não somente a pessoa que recebe o dinheiro é
considerado criminoso, pois temos aqui o corruptor, que é a pessoa que dá o dinheiro. Todos
respondem pelo crime, portanto há necessidade de podermos nos distanciar” apelou.
As duas suspeitas que por sinal não são profissionais do Ministério da Saúde, mas
trabalhadoras de medicina ervanária chinesa, confessam o seu envolvimento no crime.

Entretanto acusam o diabo de ser o principal culpado, por ter lhes incentivado a cometer os
actos ilegais. “Dizíamos as pessoas que havia emprego nos hospitais e pedíamos valores
monetários. Começamos há dois anos, até agora não sei como isso aconteceu. Acho que foi
diabo que nos levou para esse caminho”, disse uma das indiciadas. “Eu fui induzida ao erro.
Satanás me usou, não sei de que jeito, mas neste momento estou muito arrependida e prometo
que não voltarei a fazer aquilo” disse a outra.

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