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Sociedade

Terroristas estão mais activos e sofisticados

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Os grupos armados que actuam na província de Cabo Delgado  estão a tornar-se cada vez mais activos e a empregar tácticas mais sofisticadas, alertou um relatório da Organização das Nações Unidas.

“A situação na província de Cabo Delgado é mais fluida após uma mudança no cenário de segurança”, disse a Equipa de Apoio Analítico e Monitorização de Sanções num relatório ao Conselho de Segurança da ONU. “Houve um aumento nos ataques cuidadosamente orquestrados.”

A mudança de cenário a que se referem tem a ver com a saída das tropas da SAMIN de algumas regiões, ainda que os sul-africanos estejam no terreno até Dezembro. Entretanto, esta saída abriu algumas lacunas que estão a ser aproveitadas pelos extremistas islâmicos tendo ressurgido a violência este ano na província do nordeste de Cabo Delgado.

A missão militar regional concluiu uma retirada no mês passado, o que aumenta o risco de ainda haver mais conflitos.

A maioria dos ataques recentes ocorreu a pelo menos 80 quilômetros de distância do projecto de GNL, que foi suspenso devido a questões de segurança em 2021.

No mês passado, o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, disse que a empresa esperava avançar com o projecto até ao final do ano, uma vez que a situação melhorou muito.

Os terroristas actuam perto de um projecto de gás natural liquefeito de 20 mil milhões de dólares que a TotalEnergies SE pretende retomar este ano.

O relatório da ONU refere-se aos rebeldes como Ahl al-Sunna wal-Jama’a, um antigo nome para o grupo que agora reivindica ataques sob a bandeira do Estado Islâmico em Moçambique, e diz que aumentou as operações no primeiro semestre de 2024. Isso coincidiu com a retirada faseada das forças da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique.

O grupo tem até 350 combatentes, que se organizaram em três grupos principais de tamanho aproximadamente igual, segundo o relatório. A ONU estimou num relatório de Janeiro que havia menos de 200 rebeldes.

“A ASWJ procurou novamente alargar o teatro de conflito”, ampliando excessivamente as forças moçambicanas e as dos seus aliados e as suas tácticas “são mais sofisticadas, calculadas e bem executadas”, afirma o relatório.

Apontou para um ataque em 10 de Maio à grande cidade de Macomia, que a empresa de gestão de risco Focus Group disse mostrar a capacidade sustentada dos insurgentes para realizar ataques em grande escala. Eles ocuparam a cidade por mais de 24 horas, antes de partirem em 12 de Maio com bens saqueados e veículos roubados, disse a Focus em relatório do mês passado.

Isto contraria uma declaração do governo moçambicano na altura, que afirmava que as suas tropas repeliram o ataque após 45 minutos de combates.

O Ruanda enviou mais 2.000 soldados depois da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral ter retirado as suas forças.

Os ataques nos distritos mais próximos do projecto de GNL cessaram em grande parte, mas registaram-se algumas escaramuças mais pequenas.

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