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Política

Renamo decide abolir congressos em anos eleitorais

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A Renamo decidiu, por unanimidade, abolir a realização de congressos em anos eleitorais, com o objectivo de evitar clivagens internas e reforçar a coesão partidária. A deliberação foi tomada durante a sessão do Conselho Nacional do partido, nesta quinta-feira (16), na cidade de Nampula.

O porta-voz da Renamo, Marcial Macome, anunciou a decisão em conferência de imprensa na tarde desta sexta-feira (17). “Entendemos que realizar congressos em anos eleitorais muitas vezes gera desentendimentos que acabam por enfraquecer o partido no momento em que mais precisamos de união”, explicou Macome.

De acordo com o porta-voz, o encontro serviu também para apreciar o relatório de actividades da Comissão Política Nacional, analisar o processo eleitoral de 2024 e debater a situação política, social e económica do país, bem como a vida interna do partido.

Macome sublinhou que o Conselho Nacional deliberou ainda que “a união na diversidade e o respeito pelos valores e ideologia da Renamo devem estar acima dos interesses individuais”. Acrescentou que “a defesa do bom nome e da honra do partido deve sempre prevalecer”.

O Conselho decidiu igualmente remeter o projecto de regulamento interno às bases, para recolha de contribuições e posterior aprimoramento do documento, que será submetido à aprovação na próxima sessão. À Comissão Política Nacional caberá harmonizar e consolidar as propostas vindas das estruturas locais.

Durante os trabalhos, foi reafirmado o compromisso da Renamo com o diálogo interno como instrumento para resolver divergências e fortalecer a convivência partidária. Segundo Macome, após longos debates, “prevaleceu um espírito de reconciliação e coesão entre os membros”.

“Os combatentes e dirigentes reafirmaram que ninguém que lutou em nome da Renamo deixará de defender os valores que sempre nortearam o partido. O verdadeiro inimigo não são os nossos membros, mas sim aqueles que delapidam o erário público e comprometem o bem-estar do povo”, afirmou.

O porta-voz reconheceu, contudo, o incumprimento de promessas feitas no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), que considerou “um dos calcanhares de Aquiles” da Renamo, lamentando que muitos antigos combatentes ainda não tenham sido devidamente reintegrados na sociedade.

Questionado sobre as recentes declarações da Liga da Juventude da Renamo, que apontou fragilidades na “saúde interna” do partido, Macome garantiu que a questão foi amplamente discutida e que “foram encontrados mecanismos para ultrapassar os diferendos”.

“Não negamos que existam opiniões divergentes, mas o que nos une deve ser mais forte do que aquilo que nos separa. O presidente abriu um espaço permanente de diálogo para todos os que desejam contribuir com ideias para o fortalecimento do partido”, referiu.

Macome esclareceu ainda que todos os conselheiros convocados participaram da reunião, com exceção de Manuel de Araújo, que justificou a ausência por motivos de trabalho no estrangeiro, estando previsto o seu regresso ao país no dia 19 de outubro.

As actividades do Conselho Nacional encerraram com o anúncio da celebração do Dia das Festividades da Renamo, ainda sexta-feira (17), com um comício popular dirigido pelo presidente Ossufo Momade, em homenagem aos heróis que tombaram pela democracia em Moçambique.

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