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Sociedade

Três anos depois, INAS começa a pagar subsídio da COVID-19 em Nampula

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A espera terminou. Três anos após o anúncio do apoio social da COVID-19, o Instituto Nacional de Acção Social (INAS) vai finalmente começar, na próxima semana, a pagar o subsídio a quase 137 mil famílias vulneráveis da província de Nampula.

O processo, que esteve parado por falta de fundos e por ajustes no sistema de pagamento, arranca agora com transferências electrónicas directas para telemóveis dos beneficiários — uma mudança que o INAS considera essencial para garantir transparência e evitar desvios.

“Os valores cairão directamente nas contas móveis e o pagamento será feito de forma sequencial”, disse o delegado provincial do INAS, Assane Juma, acrescentando que a fase de preparação começou a 8 de Outubro, com o registo dos beneficiários e abertura de contas.

Cada família receberá 1.500 meticais, correspondentes a um mês de apoio. Durante a pandemia, o Governo prometera seis meses de subsídio, mas apenas dois foram pagos. Agora, o INAS retoma o processo “dentro das possibilidades actuais”, segundo Juma.

O modelo digital substitui as longas filas e o pagamento em mãos que, em anos anteriores, alimentavam denúncias de corrupção. “O novo sistema é mais seguro e reduz o risco de fraude. Os dados são cruzados por três plataformas diferentes, com o apoio do Programa Mundial de Alimentação e da empresa Sepa”, assegura o delegado.

Ainda assim, nem todos os beneficiários estão facilmente localizáveis. Alguns mudaram de residência ou emigraram, mas o INAS garante que ninguém ficará de fora. O subsídio representa um pequeno alívio num contexto de crescente vulnerabilidade social em Nampula. “É pouco, mas chega numa hora difícil”, comentou uma fonte local do programa.

Com o apoio técnico e financeiro do Programa Mundial de Alimentação (PMA), o INAS promete seguir de perto a operação, sobretudo em zonas rurais com baixa literacia digital, garantindo que o dinheiro chegue a quem dele precisa.

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