Sociedade
Amigos de Moisés Machel tornam-se principais suspeitos do crime

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) continua a aprofundar as investigações sobre o assassinato de Moisés Orlando Machel, sobrinho do antigo Presidente Samora Machel, ocorrido no passado dia 12 de Outubro, na cidade de Maputo.
Uma semana após a confirmação da detenção de dois jovens de 20 e 26 anos, suspeitos de envolvimento directo no homicídio, as autoridades admitem agora a possibilidade de um terceiro cúmplice, que poderá ter desempenhado papel decisivo na ocultação do corpo e na movimentação da viatura da vítima.
De acordo o SERNIC, os dois detidos terão confessado parcialmente o crime, mas as versões apresentadas são contraditórias quanto à origem do dinheiro (27 mil meticais) e à sequência dos acontecimentos que levaram à morte de Moisés Machel.
As investigações indicam que o crime terá ocorrido após um convívio no bairro da Maxaquene, onde a vítima se encontrava com os suspeitos. O grupo teria seguido para outro ponto da cidade, alegadamente para continuar a festa, quando ocorreu a emboscada. Machel foi agredido violentamente e abandonado no bairro das Mahotas, onde o corpo foi encontrado na manhã seguinte.
A viatura da vítima, que havia desaparecido, foi localizada graças a um dispositivo de rastreamento, activado com autorização da família. Os investigadores acreditam que a recuperação rápida do veículo poderá ajudar a identificar novos indícios, incluindo impressões digitais e vestígios de sangue.
Enquanto o inquérito prossegue, familiares de Moisés Machel continuam a exigir justiça e maior celeridade no processo. O SERNIC assegura que o caso está a merecer “tratamento prioritário” e que, nas próximas semanas, poderão ser divulgados novos avanços, incluindo a reconstituição dos factos.