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Internacional

Eleições no Malawi: Chakwera lidera em Lilongwe, mas MEC alerta para prudência

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Os primeiros resultados não oficiais das eleições presidenciais do Malawi, divulgados em plataformas digitais, apontam para uma liderança expressiva do Presidente em exercício, Lazarus Chakwera, candidato do Partido do Congresso do Malawi (MCP), no distrito rural de Lilongwe.

De acordo com as projeções partilhadas, Chakwera terá conquistado 462.527 votos em 17 dos 19 círculos da região, deixando bem atrás o ex-presidente Arthur Peter Mutharika, da DPP, com 47.681 votos. Outros candidatos, como Akwame Banda (AAA) e Dalitso Kabambe (UTM), obtiveram resultados modestos, rondando os 7.900 votos cada. Entre os independentes, o destaque vai para Banda Thokozani Manyika (3.040) e Chipojola Cosmass Felix (1.028).

A Comissão Eleitoral do Malawi (MEC) reiterou que é a única entidade autorizada a anunciar resultados oficiais e que os números que circulam não foram ainda verificados. “O processo de apuramento segue regras rigorosas de validação. Apenas os dados oficialmente certificados refletem a verdadeira vontade do eleitorado”, esclareceu a instituição, apelando à calma.

Um país em tensão e expectativa

Embora os números de Lilongwe reforcem o peso eleitoral de Chakwera, o cenário nacional permanece incerto. Tanto o MCP como a DPP já reivindicaram vitória em comunicados políticos, aumentando a tensão no país. Observadores internacionais lembram que as eleições de 2019 foram anuladas por irregularidades, o que torna este escrutínio particularmente sensível.

O Malawi atravessa uma grave crise económica, marcada por inflação elevada, subida do custo de vida e efeitos devastadores de fenómenos climáticos como secas e ciclones. O descontentamento popular, aliado à queda da participação eleitoral face a 2020, lança dúvidas sobre a legitimidade e estabilidade política do próximo mandato.

Com mais de 99% dos votos já contabilizados, os resultados finais são aguardados com expectativa. Caso nenhum candidato ultrapasse a barreira dos 50% exigida por lei, será necessária uma segunda volta, provavelmente entre Chakwera e Mutharika.
Enquanto isso, Lilongwe rural já se pinta de vermelho MCP, mas o desfecho a nível nacional ainda depende da proclamação oficial da MEC — e da capacidade do processo eleitoral manter a confiança de um povo cansado de promessas adiadas.

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