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Jovens sul-africanos usam tecnologia para combater a fome infantil

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Nas vésperas do Dia Mundial da Alimentação, 60 jovens inovadores da Geração Z apresentaram soluções tecnológicas criativas para enfrentar um dos maiores desafios da África do Sul: a fome infantil. A iniciativa decorreu no âmbito do The Biggest Hunger Hack, um desafio promovido pela KFC África, que visa repensar o programa de solidariedade Add Hope através de ferramentas digitais e colaborativas.

Durante uma semana, os participantes exploraram formas de aplicar inteligência artificial, blockchain, visualização de dados e plataformas comunitárias para tornar o combate à insegurança alimentar mais eficiente e transparente. O evento reuniu jovens talentos, especialistas em tecnologia e representantes de empresas, governo e sociedade civil.

O Add Hope é uma iniciativa que financia diariamente mais de 3.300 centros de alimentação em todo o país, graças a milhões de microdoações de dois rands feitas por clientes da KFC. Em 2024, o programa beneficiou mais de 154 mil crianças. Agora, a empresa quer dar um salto digital e poderá financiar com até um milhão de rands o desenvolvimento da melhor solução apresentada.

Soluções com impacto social

A equipa vencedora, Ctrl-Alt-Del-Hunger, destacou-se com a aplicação Misfits Mzansi, que transforma o desperdício alimentar em oportunidade social. A plataforma recolhe frutas e legumes “feios” rejeitados pelas quintas e redireciona-os para famílias em situação de insegurança alimentar. Além disso, promove desafios culinários, conteúdos educativos e campanhas de doação interativas, nas quais “ver um vídeo pode alimentar uma família”, segundo os criadores.

Outras equipas também apresentaram propostas inovadoras. O grupo Street Scripters desenvolveu um ecossistema de doações com um painel de controlo em tempo real, mapa de pontos de recolha e sistema de recompensas da KFC, onde boas ações desbloqueiam refeições gratuitas. Já os Bit Coders criaram um chatbot baseado em IA e integrado com a API MTN MoMo, que permite doações seguras e acessíveis até mesmo a quem não é cliente da KFC.

A equipa Hack 4 Hope apresentou uma solução baseada em blockchain que utiliza códigos QR nos talões da KFC para permitir doações instantâneas e rastreáveis. O sistema garante total transparência no percurso de cada contribuição, desde o doador até à refeição servida, e introduz o conceito de “HopeCoins”, que gamifica o ato de doar.

Inovação com propósito

Para Andra Nel, diretora de Brand Purpose e ESG da KFC África, o desafio mostrou o poder transformador da juventude digital.

“Estes jovens compreendem a fome porque muitos a viveram, e compreendem a tecnologia porque nasceram nela. Este é o ponto ideal para a inovação com propósito”, afirmou Nel.

O próximo passo, segundo a responsável, será codesenvolver programas-piloto com os parceiros da Add Hope e apresentar os resultados na Convenção Nacional sobre a Fome Infantil, prevista para o início de 2026.

A KFC África destacou ainda a importância da colaboração com parceiros como McCormick, Tiger Brands, Foodserv, CBH, Nature’s Garden, Digistics e Coca-Cola Beverages South Africa, que ajudam a sustentar o programa.

“Abrir o Add Hope como um projeto de código aberto libertou uma verdadeira onda de ubuntu, transformando esta causa num movimento nacional”, concluiu Nel.

Com o envolvimento da Geração Z e a aposta em tecnologia de impacto social, a KFC África quer transformar a luta contra a fome infantil num modelo de solidariedade e inovação para todo o continente.

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