Sociedade
Nampula prevê mais de meio milhão de novos ingressos escolares em 2026
A província de Nampula projecta matricular, no ano lectivo de 2026, um total de 577 373 novos alunos da 1.ª, 7.ª, 10.ª e 11.ª classes, dos quais 283 839 são raparigas, anunciou esta quarta-feira (01) o director provincial da Educação, William Tunzine, no lançamento oficial da campanha de matrículas realizado no distrito de Monapo.
Segundo Tunzine, a 1.ª classe concentra a maior parte dos ingressos, com 360 862 crianças previstas, incluindo 179 988 do sexo feminino. O dirigente apelou aos pais, encarregados de educação, líderes comunitários, régulos e conselhos de escola para que se mobilizem a favor da inclusão de todas as crianças no sistema de ensino.
“Dada a importância deste processo, sobretudo no que respeita à 1.ª classe, quero apelar a todos os intervenientes para unirmos esforços na mobilização e inclusão de crianças. Nenhuma deve ficar de fora”, afirmou.
O director provincial reconheceu que o crescimento da procura constitui um desafio para o sector, mas garantiu que o Governo está a investir na expansão de infra-estruturas escolares, na formação e mobilização de professores, bem como na articulação com parceiros para aumentar a disponibilidade de salas de aula.
Tunzine sublinhou ainda que o processo de matrícula para os novos ingressos é gratuito e acompanhado da distribuição de livros escolares sem custos, medida que visa assegurar que nenhuma criança seja excluída por falta de condições económicas.
Por sua vez, o administrador distrital de Monapo, Emanuel Impissa, revelou que, só naquela circunscrição, está prevista a matrícula de 25 800 crianças na 1.ª classe. Na ocasião, alertou para a necessidade de combater práticas sociais que comprometem o direito à educação, com destaque para os casamentos prematuros.
“É fundamental que os alunos sejam matriculados atempadamente e que não sejam desviados do seu percurso escolar por práticas que violam os seus direitos, sobretudo das raparigas. Garantir a sua permanência na escola é condição para o empoderamento da mulher e o desenvolvimento da nossa sociedade”, destacou Impissa.
Com este esforço, as autoridades de Nampula pretendem consolidar a meta de garantir acesso universal e equitativo à educação básica, numa província que continua a registar a maior população estudantil do país.