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Política

Giquira repreende Polícia Municipal por “desistir” de cumprir as posturas em Nampula

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O presidente do Conselho Municipal de Nampula, Luís Madubula Giquira, criticou duramente, esta segunda-feira (3), a Polícia Municipal, acusando-a de falta de empenho no cumprimento do Código das Posturas Municipais, instrumento que regula a gestão urbana da cidade. Segundo o edil, a ineficiência da corporação está a permitir a ocupação desordenada de vias e passeios por vendedores informais.

Durante uma parada realizada no comando da Polícia Municipal, Giquira afirmou estar “a sentir que a corporação está a desistir de cumprir as suas atribuições legais”, lamentando a crescente presença de comércio informal em locais impróprios.

“Preocupa-nos sobremaneira o facto de o comércio informal estar a crescer em espaços impróprios — inclusive em locais onde nunca imaginaríamos que pudesse chegar”, declarou o edil, visivelmente desapontado.

O autarca revelou ainda ter recebido várias queixas de operadores económicos, que se dizem prejudicados pela obstrução dos acessos aos seus estabelecimentos. Alguns, segundo o edil, chegaram a ameaçar suspender as suas actividades caso a situação não seja resolvida.

“Estou aqui para manifestar a minha insatisfação relativamente ao trabalho que tem sido desenvolvido pela nossa Polícia Municipal, que está aquém do desejado. As vossas patrulhas praticamente deixaram de se fazer sentir”, afirmou Giquira, pedindo mais rigor na fiscalização.

O presidente apontou também o aumento de descargas ilegais de mercadorias durante a noite, em plena via pública, e questionou a falta de uso dos meios de comunicação disponíveis. “Vocês têm rádios de comunicação e outros meios de trabalho — porque não os utilizam?”, interpelou o edil.

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Parte dos membros da polícia municipal de Nampula durante o encontro com o edil

Apesar do tom crítico, Giquira aproveitou o encontro para reconhecer o esforço de parte dos agentes e reiterar a importância do seu papel na manutenção da ordem e segurança da cidade. O edil manifestou, contudo, tolerância zero à corrupção dentro da corporação e apelou à atuação “com integridade, vigilância e dedicação em prol do interesse público”.

Durante a cerimónia, o edil destacou também a necessidade de reforçar a fiscalização nos principais pontos críticos da cidade, como a Avenida do Trabalho, a Rua dos Bombeiros e o Mercado Novo, onde alguns vendedores informais voltaram a ocupar áreas reservadas aos pedestres.

Giquira exigiu ainda maior controlo sobre os transportes públicos “chapa 100”, acusados de encurtar rotas, e sobre as operações de carga e descarga de camionistas, que frequentemente perturbam o trânsito.

O edil concluiu apelando à corporação para “trabalhar com afinco” e reafirmou o compromisso do Conselho Municipal em “construir uma cidade mais organizada, segura e acolhedora para todos”.

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