Economia
Moçambique quer rebranding turístico com Conferência Internacional em Vilankulo
A cidade de Vilankulo, na província de Inhambane, acolhe entre os dias 3 e 4 de Novembro a I Conferência Internacional do Turismo, um evento que pretende promover as potencialidades do país, atrair investimento e impulsionar parcerias estratégicas no sector.
A cerimónia de abertura foi presidida pelo ministro da Economia e Finanças, Basílio Muhate, que classificou o encontro como um marco na nova abordagem de promoção turística de Moçambique, com foco especial em Vilankulo — já reconhecido como o principal destino de praia do país.
“Queremos que o turismo se torne um motor de crescimento económico inclusivo. O nosso desafio é transformar Moçambique num destino sustentável de excelência e reconhecimento global”, afirmou Muhate, apelando aos empresários e investidores a tornarem-se “embaixadores da Marca Moçambique”.
A Mozambique Tourism Summit 2025, como foi batizado o evento, reúne especialistas nacionais e estrangeiros, operadores turísticos, investidores e representantes do governo. O programa inclui painéis de debate, exposições, feiras temáticas, visitas turísticas e sessões de networking centradas em tópicos como sustentabilidade, inovação e valorização das comunidades locais.
Durante uma conferência de imprensa, o porta-voz da organização, Danilo Nhantumbo, explicou que o principal objectivo do encontro é “reposicionar a imagem de Moçambique” e mostrar o país como um destino seguro, acolhedor e fértil para investir.

“É um evento que se propõe a posicionar o turismo como um catalisador de prosperidade partilhada. Esperamos a presença de mais de 500 delegados, incluindo o Presidente da República, Daniel Chapo, que deverá presidir à sessão inaugural”, anunciou Nhantumbo.
De acordo com a organização, a conferência deverá ter impacto directo na economia de Vilankulo, dinamizando os sectores da hotelaria, restauração, transporte e comércio local. São esperados cerca de 300 convidados estrangeiros, entre representantes de países africanos, europeus e asiáticos.
Nhantumbo sublinhou que o evento é parte de uma estratégia mais ampla de rebranding nacional, com a província de Inhambane a ser apontada como futura “capital da hospitalidade moçambicana”.
“Cada cidadão tem um papel neste processo de reconstrução da imagem do país. Promover Moçambique não é apenas tarefa do Estado — é responsabilidade de todos nós, enquanto diplomatas públicos”, defendeu o porta-voz.
O Arquipélago de Bazaruto, as praias de Vilankulo e outros destinos turísticos de Inhambane serão destaque nas atividades paralelas, reforçando a imagem da província como uma das joias naturais do país.
A realização da conferência é vista como um teste à capacidade de Moçambique em sediar grandes eventos internacionais e, segundo os organizadores, deve marcar “o início de uma nova era para o turismo nacional”.