Connect with us

Sociedade

Ilha de Moçambique: Tráfico de drogas leva chefes de polícia à cadeia

blank

Publicado há

aos

blank

A entrada de drogas sintéticas já produzidas por via marítima em Nampula continua a ser uma realidade dura, tornando difícil combater o mal e livrar a província da fama de grande corredor do tráfico de drogas.

No último final de semana, três indivíduos sendo dois agentes seniores da Polícia na Ilha de Moçambique, um Chefe do Posto policial de Lumbo, outro Chefe das Operações da Polícia Municipal e um cidadão de nacionalidade estrangeira, foram apresentados pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula, depois de serem detidos a 28 de Março, pelo seu envolvimento no tráfico de estupefacientes.

Na posse destes, foi possível apreender cerca de 50 quilogramas de heroína e metanfitamina e um valor de mais de cem mil meticais, fruto da venda de uma parte da droga. Segundo a porta-voz do SERNIC em Nampula, Enina Tsinine, a detenção e a apreensão da droga e dinheiro da venda, foi possível graças a uma denúncia que indicava a existência de uma casa na Ilha de Moçambique, concretamente no Posto Administrativo de Lumbo, que os moradores suspeitavam ser o local onde se guardava as drogas.

“A partir dessa informação, formamos equipas que foram até ao terreno e culminou com a apreensão de 37 embalagens contendo droga diversa, neste caso metanfitamina e heroína, em termos de quilogramas, trata-se de 48.5”, disse Tsinine. “Com as informações que tivemos, que davam conta de que a casa foi invadida antes dos agentes chegarem, nos levou a fazer diligências que primeiro culminaram com a detenção de um cidadão, na posse de duas tigelas contendo metanfitamina e as informações que ele nos deu, nos levou ao chefe de operações da Polícia Municipal, bem como o chefe do Posto policial de Lumbo que eram tidos como pessoas que forneceram a mesma para a sua comercialização. Indo até aos indivíduos, foi possível a detenção e apreensão de valores que variam entre 60 e 69 mil meticais, fruto da venda da droga”, acrescentou.

Para a porta-voz, o passo subsequente é fazer o seguimento, tendo em conta que não são apenas estes envolvidos, existem outros indivíduos arrolados sendo um deles um agente da PRM, bem como outros cidadãos que compactuaram com a prática e outros compradores cujas identidades não se podem revelar. “O envolvimento destes que deviam combater este tipo de crime é um acto repudiante, por isso estamos a fazer a exposição deles, que é para poder desencorajar os outros elementos com a intensão de optar pela prática do crime”, concluiu.

Os indiciados confessam o seu envolvimento na venda da droga. “Eu estava a perseguir populares que tinham invadido uma residência e retirado droga, durante a perseguição, eles deixaram cair uma tigela e eu apanhei. Fui vender por 70 mil meticais, esse foi o meu erro” disse o Chefe do Posto Policial de Lumbo. “Estou aqui porque apanhei uma tigela de droga durante a perseguição de uns miúdos e vendi a 90 mil meticais a um jovem chamado Dúlas, que dizia ter um comprador. Aquilo foi um erro meu e estou muito arrependido” confessou o Chefe das Operações da Polícia Municipal da Ilha de Moçambique.

Por sua vez, o cidadão estrangeiro, que é tido como o comprador e com quem foram encontradas duas tijelas da droga, justificou-se nos seguintes moldes: “Essa droga não é minha, me deram na estrada com meu amigo para levar a um boss e ele me deu o número de contacto dele”. Depois de ter apreendido, a droga será incinerada junto da outra que está nos armazéns do SERNIC em Nampula.

blank
blank
Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *