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Sociedade

Cidadão indiano morre nas celas da primeira esquadra da cidade de Nampula

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Um cidadão de origem indiana cuja identidade não conseguimos apurar perdeu a vida em circunstâncias estranhas ainda por se esclarecer, na última quinta-feira, nas celas da primeira esquadra, uma das subunidades da Polícia da República de Moçambique (PRM) instaladas na cidade de Nampula, onde se encontrava detido em conexão com um um caso mal parado de negócio de viatura.

O indivíduo era proprietário de um parque de venda de carros de “segunda mão” e importadas de Japão, na cidade de Maputo, onde tinha a sua residência fixa.

De acordo com os Serviços Investigação Criminal em Nampula (SERNIC), o finado recolheu às celas indiciado no seu envolvimento em suposto esquema de burla no processo de venda de viatura, a um nacional que reside na cidade de Lichinga, negócio que não correu como o combinado entre as partes.

O cliente manifestou o interesse de compra de viatura do tipo mini-bus de 16 lugares que culminou com a canalização de cerca de quatrocentos mil meticais para a conta da empresa do finado e no meio das negociações, houve a apresentação de uma outra viatura que para a sua aquisição, o cliente teria que enviar uma diferença no valor. Volta e meia, o cidadão indiano alegou que a mesma teria acidentado com o mecânico, quando este fazia alguns testes para entrega ao cliente.

Inconformado com a situação, o comprador avançou com uma acção criminal contra o seu fornecedor, neste caso a vítima mortal, e das diligências feitas, culminou na detenção do mesmo e posterior morte nas celas. Entretanto, ao nível do SERNIC e da PRM ninguém quis se pronunciar sobre o assunto, uma vez que o caso já estava nas mãos dos órgãos de administração de justiça, nomeadamente a Procuradoria, assim como o Tribunal Judicial de Nampula.

Alguns advogados da praça em Nampula, exigem a responsabilização de alguns magistrados, justificando, que no processo que envolvia o cidadão indiano havia elementos suficientes determinar a sua soltura, enquanto o caso corria trâmites legais com o indiciado fora das celas.

Falando em anonimato, um dos advogados revelou que o processo estava encalhado nas mãos de um dos procuradores que resistia a emissão de mandado de soltura assim como o encaminhamento ao tribunal, por motivações até desconhecidas. “Havia condições para ele sair das celas e como se não bastasse, uma das juízas solicitou ao procurador para que pudesse encaminhar o processo-crime em causa, mas este simplesmente ignorou. Essas atitudes pouco abonam os nossos magistrados, porque isto vai fazer correr muita tinta. Precisamos averiguar as causas que estão por detrás deste engavetamento do processo e este é dentre vários casos que caracterizam o funcionamento dos nossos órgãos de justiça ca em Nampula”, desabafou.

De forma preliminar, diz-se que o finado morreu por problemas de saúde agravados pelo estrado imundo das celas e a superlotação das mesmas

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