Sociedade
Segurança em risco: operadores de táxi-mota em Nacala-Porto exigem medidas para acabar com roubo dos seus meios na cidade

Os operadores de táxi-mota na cidade portuária de Nacala, estão preocupados com a onda de assaltos que têm vindo a sofrer, protagonizados por pessoas ainda desconhecidas e que estão a trazer desgraças nas suas famílias.
Segundo as vítimas, os malfeitores fazem-se passar por clientes e levam o operador de táxi para um ponto, principalmente em locais calmos e sem movimentação, para depois, com recurso a armas brancas, agredirem e arrancarem a motorizada e fugirem.
Rafael João foi vítima dos malfeitores e conta o episódio. “Veio alguém por volta das 21 horas, disse-me que queria táxi até à Padaria Nacala. Na ocasião ele disse que iria pagar de forma electrónica. Começou a mexer o telefone sem eu me aperceber que estava a enviar mensagens aos seus comparsas”, contou. “Quando chegamos ao destino, de repente vi pessoas a me pegarem por todos os lados e disseram para não se mexer. Fiquei calado e me pediram as chaves, como eu estava sozinho e com medo, entreguei e eles foram embora com a mota e volte à casa a pé”, acrescentou João.
A fonte avançou ainda que os assaltos acontecem sempre e num passado recente, na baixa da cidade, concretamente na antiga loja da Tmcel, um colega que tinha uma mota recebida de um patrão através de um contrato, para dar a receita diária até alcançar um valor e depois ficar com a mota, levou um suposto cliente que dizia que queria chegar à praia e de lá, o motociclista voltou a pé. “Muitos de nós sofremos estes assaltos. Por exemplo, tenho em mente alguns nomes como o Molado, que perdeu três motas nas mesmas circunstâncias e outro taxista conhecido por Novinte que também viu o seu instrumento de ganha o pão, sumir num ápice”, contou João.
Outro operador entrevistado, que também foi alvo dos assaltantes é Jordão Alex, que apesar de por sorte conseguir salvar a mota, considera que ultimamente, o serviço de táxi-mota em Nacala é muito perigoso e arriscado, por causa dos amigos do alheio.
“Eu já sofri uma agressão desse grupo, mas não conseguiram levar minha mota. Era por volta das 20 horas, que apareceu um cliente pedindo boleia até à zona da Escola Santa Maria. Assim que parei, pegou-me o pescoço, mas graças a Deus, não conseguiu carregar a mota. Eu fiquei calmo, tirei as chaves, coloquei no bolso de trás e comecei a gritar por socorro. Os moradores vieram e o gatuno fugiu”, contou o moto-taxista Alex.
Para minimizar a situação, as vítimas pedem a intensificação de patrulhas por parte da Polícia, de modo a neutralizar e deter os salteadores que para além de dor, estão a causar sofrimento nas famílias.
