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Sociedade

Nampula: População de Mulhako clama por fontes de água

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A população da zona de Mulhako, no bairro de Natikiri, Posto Administrativo do mesmo nome na cidade de Nampula, clama por fontes de água, para minimizar esse grande problema que enfrenta.

Segundo moradores daquela zona, Mulhako depende apenas de poços caseiros, que por causa de escassez de chuvas já não estão fornecer água e uma fontenária, é a única opção existente.

Célia Raul é uma cidadã que enquanto esperava chegar a sua vez para tirar água na única fonte existente, falou a nossa redação, e disse que a zona não dispõe de nenhuma fonte de água oferecida pelo governo, e se não fosse a igreja católica que colocou uma fontenária, a situação seria ainda mais péssima.

“Nós aqui estamos mal por causa de falta de água, confiamos em poços caseiros mas todos já estão secos, a única fonte que nos abastece em toda a zona, é esta fontenária da igreja católica, e por ser a única, é normal uma pessoa chegar aqui as 3 horas de madrugada, e conseguir sair as 13” disse dona Célia Raul.

Por outro lado, os moradores pedem a quem de direito, no sentido de trazerem água para Mulhako, e consequentemente minimizar a crise que aquela população passa por todos anos desde que a zona foi habitada.

“Pedimos ao FIPAG para que possa trazer uma linha de abastecimento de água nesta zona, porque estamos a sofrer muito, já fizemos o nosso grito de socorro por muitas vezes, mas nada muda até agora, e nós não paramos de pedir, porque não é fácil todos os dias sair de casa as 2 horas de madrugada, e voltar até as 15 horas, dependendo da demanda da procura” pediu Eleitora Eurico, uma cidadã que também acredita que com a instalação de mais fontes, a situação vai melhorar.

“Se pelo menos trouxessem água canalizada, ou mesmo abrissem mais furos, acredito que estariamos bem neste bairro, porque confiar em apenas uma fonte, não é viavel porque um dia esta por ser a única e estar a trabalhar sempre, pode avariar, e se isso acontecer, não imagino como vamos viver” concluiu.

Empreendimento também afectado

Para além de afectar os moradores daquela zona no consumo doméstico, a problemática de falta de fontes e consequente escassez do precioso líquido, está a afectar também o empreendedorismo.

Ivaldo, é um jovem da zona de Mulhako, que escolheu o fabrico de blocos para a venda, como a sua actividade de sustento da sua família, mas, contou ao Ngani que devido a esta situação, o seu estaleiro fica uma semana sem água para o efeito.

Para o jovem, fabricar blocos no tempo em que se vive, é muito difícil porque naquela zona , depois dos riachos e poços caseiros secarem, a única fonte de água existente, é um furo mecânico da igreja católica.

“Nesse bairro aqui está-se mal por causa da falta de água, nós cá por causa disso, passamos uma semana sem fabricar blocos, e não podemos ir naquela fonte ali para o nosso trabalho porque mesmo para usar nas casas, há senhoras que saem as 3 horas de madrugada para voltar as 15, é muito difícil isso” disse o jovem.

Como forma de não parar definitivamente com o negócio que é a principal fonte de sobrevivência, a única opção é comprar água dos distribuidores da mesma, com recurso a carros alugados.

“Com esta situação, só para não parar porque é daqui que tiramos o nosso pão de cada dia, alugamos carros e vamos comprar a água noutros bairros com as pessoas que têm furos, um gasto muito elevado e que não compensa, imagine só, para alugar um carro é um custo, e para comprar a água é um outro, mas nós não temos como” “pelo menos se o governo pensasse nesse bairro e furros ou tubos do FIPAG, a coisa seria normal, porque é lamentável uma zona como esta, não ter pelo menos uma fontenaria do governo, se não fosse a igreja, não sei e nao quero imaginar como é que viveriamos até então” concluiu.

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