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Opinião

Uma entrevista de dois contadores de anedotas

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«O Nuno está enganado…»
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«Olhe que não, Sr. Primeiro-Ministro!»

António Costa, agora cessante ou em gestão, deu uma entrevista recentemente e penosa de ver à TVI/CNN Portugal. Penosa porque pouco mais foi que a apagogia da sua governação, perante um jornalista da “treta” e convencido que atingiu o “estrelato” na profissão — falamos naturalmente de Nuno Santos —, de que cumpria o papel de figura de “corpo presente”, não questionando o óbvio e, menos ainda, refutando o prolixo argumentário com a evidência da verdade.

É que vai a distância de uma galáxia entre o Portugal (Chuxa)lista e o Portugal Real. No Portugal (Chuxa)-lista de Costa, tudo são rosas, os arco-íris e os unicórnios servem-se em abundância. Já no Portugal Real só sobejam a fome e os impostos. Tudo o resto diminui, escasseia ou inexiste…

Com uma demagogia muito própria e extremamente assertiva, Costa desvia-se das balas muito antes delas serem disparadas, antecipando os golpes e preparando, desde logo, poderosas e letais contra-ofensivas. Começou a peroração com a questão do parágrafo, colando-a à sua demissão — a partir de então evidente para si e para a Fernanda, que tanto gosta de ouvir — quando a pergunta deveria ter sido se um Primeiro-Ministro, qualquer Primeiro-Ministro, teria condições de se manter no cargo depois de o seu Chefe de Gabinete ser detido e lhe serem apreendidos mais de 75.000 euros, não declarados, em notas, escondidos em livros no seu gabinete, no Palácio do Governo. O (infame) parágrafo apenas cumpre uma função formal, no âmbito de uma investigação em curso, obrigatória por Lei e está lá, enxertado, por mero dever de cautela, para defesa do Ministério Público e do próprio Primeiro-Ministro. Querer daqui retirar uma consequência política, é abusivo, desleal e, sobretudo, conveniente, temos de reconhecer,

Prossegue o “Metralha” António Costa com a inadmissibilidade da suspeição formalizada a altas figuras do Estado, esquecendo-se — e não sendo lembrado pelo (?) jornalista Nuno Santos — da nomeação do “Metralha” Galamba para Ministro, depois de constituído arguido ou de candidatos a deputado nas listas partidárias também nessa condição. Conviria que António Costa explicasse os seus padrões e, perante os portugueses assumisse as posições de conveniência: não há mal em nomear Ministros ou Deputados arguidos, porquanto há que confiar na Justiça e na presunção de inocência. Já no que respeita ao “Metralha dos Metralhas” do Primeiro-Ministro, nem as investigações em fase de inquérito (que podem ser objecto de arquivamento liminar, reforçando a sua inocência processual), serão admissíveis.

Enfim, uma entrevista que deu para passar algum tempo, com dois “falantes baratos” que mais pareciam estar a contar anedotas “picantes” aos Telespectadores. Haja Deus, Senhores!!!…

Conclsusão: para esquecer, evidentemente…

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