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Eleições Gerais 2024

Venâncio Mondlane promete nova onda de protestos em prol da justiça eleitoral

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O clima de tensão em Moçambique está a ganhar contornos alarmantes, com a promessa de uma nova e violenta fase das manifestações que tomam conta do país. Venâncio Mondlane, líder do movimento que já causou um grande impacto social e político, anunciou que na próxima segunda-feira serão reveladas as medidas da quarta etapa dos protestos. No entanto, a questão está longe de ser apenas política. É um grito desesperado do povo moçambicano, que se vê sufocado pela repressão do regime do dia.

Falando na rede social Facebook, Mondlane deixou claro que os protestos não são exclusivamente do “partido PODEMOS”, como muitos de seus opositores propalam, mas sim uma reação popular contra a “ditadura” e o “crime” que assola o país, perpetrada pelo partido Frelimo, no poder desde 1975.

“Estas manifestações não são do PODEMOS. Estas manifestações não são do Venâncio. São do povo moçambicano, que luta pela liberdade, pela justiça, pela verdade eleitoral. Não há como calar um povo que busca seu direito à dignidade!” disse Mondlane, em um claro apelo à população durante a transmissão em directo na sua rede social.

A crise que se vive no país, já tem impactos negativos na vida humana. De acordo com o Centro para a Democracia e os Direitos Humanos (CDD), pelo menos 34 pessoas perderam a vida desde o início dos protestos. A repressão das forças de segurança tem sido brutal com uso recorrente de gás lacrimogêneo, balas de borracha e até balas reais contra manifestantes, que se espalham pelo país em um movimento que cresce de forma vertiginosa.

Nesta quinta-feira, dia 7 de Novembro, a capital Maputo foi palco de novos confrontos violentos. Pelo menos três mortes e 66 feridos foram registados, vítimas da repressão implacável da polícia. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o caos nas ruas com manifestantes em desespero, correndo por suas vidas enquanto as Forças de Defesa e Segurança (FDS) atacam indiscriminadamente.

Mas o que começou como um protesto local rapidamente se espalhou pelo mundo. Na diáspora, milhares de pessoas têm se unido em solidariedade, marchando em diversas cidades internacionais e denunciando os abusos contra os direitos humanos cometidos pelo partido dos camaradas no país. Panfletos e cartazes denunciavam as atrocidades do regime, e os manifestantes exigiam uma mudança urgente.

Em Moçambique, a luta por liberdade e justiça já custou muito sangue. E, ao que tudo indica, o povo não irá se calar tão cedo. A próxima segunda-feira pode ser um marco na história recente de Moçambique, quando uma nova etapa das manifestações, que já deixaram um rastro de mortes e destruição, será anunciada por Venâncio Mondlane. Será o começo de uma nova revolução ou o prelúdio de mais tragédia? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: o drama humano está longe de terminar. (Lourenço Soares)

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