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Trump ordena suspensão Global da USAID e repatriação de funcionários

Numa decisão com potencial impacto global, a administração do Presidente Donald J. Trump anunciou nesta quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025, que todos os funcionários contratados directamente pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) serão colocados em licença administrativa a partir de sexta-feira, 07 de Fevereiro, às 23h59 (horário de Washington, D.C.).
A medida inclui a repatriação obrigatória de funcionários destacados fora dos Estados Unidos no prazo de 30 dias e o cancelamento de contratos considerados não essenciais.
Impacto Global e Consequências para a África
A USAID, reconhecida por seu papel central em projectos de desenvolvimento, assistência humanitária e combate à pobreza, é uma das principais fontes de financiamento e apoio técnico para países de baixa e média renda. A decisão de reduzir drasticamente a sua presença pode ter consequências severas, especialmente para governos africanos que dependem do apoio da agência para áreas como saúde, educação, segurança alimentar e infraestrutura.
Analistas alertam que o vácuo deixado pela USAID pode desestabilizar regiões inteiras, levando à suspensão de programas vitais e aumentando a vulnerabilidade de milhões de pessoas.
A decisão já está gerar preocupação no meio diplomático e humanitário. Organizações internacionais e governos africanos planeiam reuniões emergenciais para discutir estratégias de mitigação e buscar alternativas de financiamento.
Nos bastidores, a USAID e o Departamento de Estado trabalham para garantir uma transição ordenada dos projectos e a segurança dos funcionários afectados. Ainda não está claro se essa medida é permanente ou parte de uma ampla reestruturação da política externa dos EUA.
Para os países africanos, a decisão reforça a necessidade de diversificar parcerias internacionais e reduzir a dependência da assistência externa. No entanto, no curto prazo, a retirada da USAID representa um golpe duro para milhões de pessoas que contam com os seus programas para subsistência e desenvolvimento.
Por Victor Xavier