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Política

“Warya Wa Wamphula” de Amurane deixou um fardo de 24 milhões ao elenco de Giquira

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A contratação do crédito bancário avaliado em 50 milhões de meticais que o Conselho Autárquico da Cidade de Nampula diz servir para a melhoria de vida dos munícipes desta urbe, vai juntar-se a uma outra dívida, existente há mais de cinco anos, avaliada em cerca de 24 milhões de meticais.

NGANI sabe a dívida milionária ainda por liquidar, refere-se a aquisição de 30 autocarros alocados ao projecto “Warya Wa Wamphula”, do então edil, Mahamudo Amurane, morto a tiro no dia 4 de Outubro de 2017, na sua residência por desconhecidos. A maior parte dos carros que estão a ser pagos não chegou a circular por mais de um ano e começaram a registar avarias em massa depois do assassinato de Amurane.

No mandato de Paulo Vahanle, ex-autarca de Nampula pelo partido Renamo, dos 30 autocarros, apenas circulavam cinco, sendo três para o transporte dos funcionários da edilidade e dois para o transporte público urbano, respectivamente.

Segundo Pereira Napuanha, vereador das Finanças e Património no CMCN, a nova máquina governativa liderada por Luís Giquira, conseguiu reparar e “mandar” à rua, quatro autocarros que neste momento estão a operar em alguns bairros da terceira maior cidade do país.

“Depois de se contrair a dívida, não houve o cumprimento por parte do então elenco, falo exatamente do MDM e muito menos da Renamo que cessou ainda este ano. Infelizmente o Conselho Municipal da Cidade de Nampula tem um crédito mal parado, mas nós não queremos desacreditar o potencial que existe nesta urbe porque temos uma responsabilidade acrescida junto dos munícipes que depositaram confiança no nosso manifesto eleitoral. Isto é, vamos pagar a divida”, assegurou Napuanha.

Napuanha falava na última quinta-feira, em conferência de imprensa, para esclarecer sobre o polêmico empréstimo de 50 milhões de meticais, por parte da edilidade para a melhoria do seu desempenho neste exercício económico, tendo explicado que o valor em causa, servirá para o bem-estar dos munícipes.

O vereador das finanças e patrimônio no CMCN, referiu ainda que os 25 milhões de meticais destinados aos recursos humanos, não serão canalizados à conta do município, sendo que estarão no banco à disposição da edilidade.

“Queremos aclarar aqui que este empréstimo servirá maioritariamente para o melhoramento do bem-estar dos munícipes porque com os 25 milhões que vamos tirar, queremos comprar autocarros para o transporte público urbano, construir três sanitários públicos, adquirir cestas e colocar nas árvores para a gestão dos resíduos sólidos, para além de investir em médias e pequenas empresas nos postos administrativos através do Serviço Municipal de Apoio a Micro e Pequenas Empresas”, sublinhou.

Sobre os outros 25 milhões de salários, Napuanha explicou que só será retirado quando houver défice de fundos para pagamento de salários. “Suponhamos que o município necessita de 15 milhões de meticais para suprir as necessidades salariais e com as nossas receitas, apenas temos 13 milhões, aí vamos recorrer à banca, para levarmos os 2 e pagarmos o mesmo valor com juros de um dia, o que quer dizer que se conseguirmos os dois milhões no dia seguinte, podemos devolver e tudo fica bem” explicou.

O dirigente disse que o empréstimo terá o prazo de doze meses, sendo que no próximo ano, segundo projecções, o município será capaz de arcar com todas as despesas com os fundos próprios. Para tal, a previsão é de aumentar a capacidade de arrecadação mensal de receitas actualmente avaliada em 20 a 25 milhões de meticais, para 50 milhões, respectivamente.

“Nestes dados actuais, qualquer cidadão pode encontrar nas nossas redes sociais, ou então no BAÚ. Conseguimos chegar ao 25 milhões no primeiro trimestre, que é o período em que os munícipes pagam maior parte dos impostos desde o pessoal IPA, automóvel, até o predial IPRA, e o último trimestre, é tido como o pior porque ficamos com apenas aqueles impostos diários que são de carga e descarga, receitas dos mercados e outros”, elencou aquele dirigente municipal. (António Cintura)

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