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Sociedade

Lixo empurra vendedores do mercado Waresta para Estrada Nacional 13

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O entulho que há meses continua na entrada do mercado grossista de Waresta, sob olhar indiferente das autoridades municipais da cidade de Nampula, está a causar enormes constrangimentos aos vendedores. A maior parte deles se refugiaram às bermas da Estrada Nacional Número 13 (N13), que liga as províncias de Nampula e Niassa.

Para além de ser um atentado contra a saúde pública, a situação coloca em risco à segurança dos vendedores e demais transeuntes, por alegadamente estarem a disputar espaço com viaturas.

O recinto para onde os vendedores se refugiaram serve igualmente de terminal de transportes semi-colectivos de passageiros vulgo “chapa 100” que operam nas diferentes rotas do terceiro maior centro urbano do país. Abordados por NGANI, alguns passageiros dizem-se inseguros porque o local alberga ladrões devido a enchente de pessoas.

“Sofremos muitos roubos quando pretendemos apanhar transporte. Gostaria que as autoridades viessem repor ordem aqui”, desabafou agastado Nelson Rodrigues. A chuva que tem vindo a cair com alguma intensidade nos últimos dias em Nampula agudizou ainda mais o problema dos resíduos sólidos. As moscas, os ratos e o cheiro nauseabundo tomaram conta do local.

Nas imediações do lixo vende-se quase tudo de consumo imediato, desde bolinhos, bajias, maheu e água em condições deploráveis de higiene, sob todos os riscos de contágio de doença de origem hídrica particularmente a cólera. Os montes de lixo dificultam igualmente a mobilidade de veículos, pessoas e bens, de e para o interior do maior mercado a céu aberto da região norte do país.

Josué Cardoso vende tomate a retalho e diz não conhecer as reais causas da permanência do lixo naquele espaço comercial, pois a edilidade liderada por Paulo Vahanle deveria ter começado com a recolha de resíduos sólidos em locais considerados críticos na urbe, mas não foi assim.

“O mandato de Vahanle termina esta semana. Mas estamos ha meses com este lixo. Como resultado, a imundície aumentou tendo invadido a estrada. Há dias, percebemos que o edil esteve empenhado em recolher o lixo, não sabemos onde terminou a campanha”, lamentou.

Hilário Januário é também um vendedor que viu o seu espaço a ser transformado numa lixeira e aponta o dedo acusador ao actual edil de Nampula de não ter dado prioridade ao saneamento do meio, no mandato que finda.

“Fico sem saber, se no mandato de Vahanle tínhamos o vereador do saneamento, porque este, praticamente nada fez. O lixo está em toda parte incluindo no mercado de referência da região norte, o problema é visível na entrada deste mercado”, revelou.

Os nossos entrevistados pedem ao novo executivo municipal a olhar o saneamento do meio como sendo a premissa maior da sua governação. A imundice no mercado grossista do Waresta preocupa também os clientes que exigem soluções imediatas para que o recinto não se transforme em local de propagação de doenças, particularmente, a malária, diarreia e cólera face a presente época chuvosa. Gracinda Daniel é uma das mulheres que se fazem a este mercado com frequência para comprar produtos no sentido de revender em outros pontos da cidade de Nampula. A fonte recomenda o sector de saúde de Nampula a criar equipas para o reforço de mensagens de sensibilização em lugares de maior aglomerado populacional, principalmente nos mercados no sentido de se prevenir de doenças da época.

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