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‘‘A UPIAA e a LAM precisam fornecer respostas detalhadas sobre o estado actual da aeronave’’ defende Evito Andrade

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O jornalista Evito Andrade, levantou preocupações sérias sobre a segurança da LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) após um novo incidente envolvendo um de seus aviões. Andrade destacou que este evento suscita questões importantes sobre a manutenção e os protocolos de segurança da companhia. Ele defendeu a necessidade de uma investigação minuciosa para identificar falhas e reforçar a confiança dos passageiros.

‘‘Avião da LAM envolvido em novo incidente levanta sérias questões de segurança’’ começou por escrever em sua rede social facebook

‘‘O Boeing 737-700, com o registo C9-BAR, voltou a ser centro de atenções após causar pânico no voo TM 191, que partiu de Lichinga com destino a Maputo. O incidente ocorreu após a colisão de pássaros com um dos motores, o que provocou momentos de grande tensão entre os passageiros, que relataram barulhos estranhos e cheiro a queimado. Embora a companhia tenha emitido um comunicado, a explicação oficial não conseguiu responder a várias questões deixadas em aberto, nomeadamente sobre a sequência exacta dos acontecimentos.

Este não é o primeiro incidente envolvendo esta aeronave. De acordo com dados públicos, desde que foi adquirida pela companhia aérea moçambicana LAM, a aeronave de 20 anos já esteve envolvida em múltiplos episódios graves que resultaram em aterrissagens de emergência e pânico a bordo.

Histórico de Incidentes

1.⁠ ⁠Janeiro de 2021: No voo TM1134 de Maputo a Quelimane, o Boeing C9-BAR saiu da pista ao tentar aterrar. Um relatório da Unidade de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (UPIAA) classificou o incidente como grave, apontando para um erro humano e uma pista molhada de 1800 metros, considerada crítica para este modelo.

2.⁠ ⁠Outubro de 2021: Durante o táxi out no aeroporto de Pemba, o avião embateu com o winglet numa aeronave Hércules C130 da Força Aérea do Botswana, danificando o aileron do C130. O relatório da UPIAA classificou este incidente como grave.

3.⁠ ⁠Dezembro de 2022: No voo TM190 de Maputo a Lichinga, o avião perdeu altitude e velocidade 15 minutos após a decolagem devido a uma avaria no sensor do ângulo de ataque, colocando em risco a vida de 120 passageiros.

4. Novembro de ⁠2023: No voo TM301 de Maputo a Joanesburgo, houve uma despressurização da cabine, obrigando o regresso imediato ao aeroporto de partida e a activação das máscaras de oxigénio.

5.⁠ ⁠Falhas recorrentes: Passageiros relataram várias falhas no sistema de ar condicionado e refrigeração da aeronave, levando a que o avião nem sempre atingisse a altitude máxima para evitar desconforto a bordo.

Em Julho de 2024, a LAM anunciou uma revisão pontual para o em referência, o que obrigou a companhia a reprogramar voos.

O incidente mais recente

Ontem, o voo TM 191, operado pela mesma aeronave, teve de desviar a rota para o aeroporto de Nacala após a colisão com pássaros. O incidente, no entanto, gerou críticas por parte dos passageiros, que relataram falta de comunicação clara sobre a real situação do avião. O pânico a bordo foi exacerbado pelo cheiro a queimado e pela sensação de descontrole, com passageiros a orar e gritar durante o voo.

A LAM atribuiu o desvio a uma colisão com pássaros, mas omitiu outros detalhes importantes, como o porquê de a rota já ter sido alterada antes do incidente e a falta de assistência adequada em terra, onde os passageiros aguardaram durante horas sem informações claras ou provisões adequadas.

Histórico da aeronave

O Boeing 737-700 com o registo C9-BAR foi originalmente fabricado em 2004 para a Aloha Airlines, nos Estados Unidos. Desde então, passou por várias companhias, incluindo a Sun Country Airlines, Lucky Air, Trans Air Congo e IBEX Air Charter, antes de ser adquirido pela LAM em 2019. Desde a sua incorporação à frota moçambicana, tem estado envolvido em várias situações de risco, levantando questões sobre a sua manutenção e estado operacional.

Falhas apontadas pela UPIAA

Um dos relatórios da UPIAA de 2021 revelou várias falhas preocupantes na operação deste avião, incluindo discrepâncias nos registos de horas de voo, ciclos não refletidos em documentos de navegação.

Igualmente, na infraestrutura aerportuária constatou-se falhas graves no sistema de telecomunicações aeronáuticas. O sistema de gravação torre-piloto também estava fora de serviço, o que compromete a comunicação em situações de emergência.

O histórico do Boeing 737-700 C9-BAR, aliado aos recentes incidentes, levanta sérias questões sobre a segurança dos voos da LAM. A falta de comunicação clara com os passageiros e a ausência de medidas eficazes de assistência agravam a imagem da companhia. A UPIAA e a LAM precisam fornecer respostas detalhadas sobre o estado actual da aeronave e garantir que os passageiros possam confiar na segurança dos voos em Moçambique.’’ Escreveu em sua rede social facebook.

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