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Apoiantes de Venâncio Mondlane: Castro Niquina, solto em Cuamba após ter sido sequestrado e preso sem justificação

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Castro Niquina, delegado político provincial da CAD/PODEMOS em Nampula, foi solto na manhã desta sexta-feira, pelo Tribunal Judicial de Cuamba, após ter sido detido de forma arbitrária naquele distrito da província de Niassa.

Niquina diz ter vivido por momentos de tensão e sofrimento indescritíveis na prisão e a situação ganhava contornos por não saber as razões da sua detenção.

Certo é que, na noite de quarta-feira, Niquina foi surpreendido em sua residência, onde estava visitando familiares, por um grupo de indivíduos desconhecidos. Sem apresentar qualquer documentação legal , os disfarçados o prenderam à força, numa clara demonstração de abuso de poder, cultivando assim, a intolerância política no país.

“Foi um sequestro disfarçado de prisão”, afirmou José Ali, delegado distrital da CAD/PODEMOS de Nampula. “Eles entraram na casa de forma agressiva e, sem qualquer explicação legal, levaram Castro como se fosse um criminoso”, descreveu.

Dados na posse do NGANI, indicam que Castro Niquina já vinha sendo alvo de ameaças constantes de morte e sequestro por desconhecidos. Segundo fontes do partido, aquele político recebia regularmente visitas de pessoas que o intimidavam com palavras crueis, tentando silenciá-lo a qualquer custo. O clima de medo e tensão era palpável, mas mesmo assim ele decidiu viajar para Cuamba, na esperança de descansar e visitar seus entes queridos. Porém, o que parecia ser um simples encontro familiar se transformou em um pesadelo.

A detenção de Castro Niquina durou menos de 48 horas, mas o sofrimento vivido durante esse período é difícil de mensurar. Castro Niquina se apresentou ao tribunal esta sexta-feira, tendo de imediato solto por falta de provas concretas que justificassem sua prisão.

“O que aconteceu com Castro Niquina é um reflexo claro da perseguição política que muitos enfrentam por se opor a certos grupos de poder”, destacou o representante da CAD/PODEMOS.

Este episódio não só escancara a brutalidade da repressão contra vozes dissidentes, mas também levanta sérias questões sobre o respeito aos direitos fundamentais e à justiça no país. A libertação de Niquina pode ser vista como uma vitória da resistência, mas o trauma e o medo que ele e sua família enfrentaram permanecerão por muito tempo.

Enquanto isso, a luta pela liberdade e pela justiça continua, e o caso de Castrvo Niquina é apenas mais um triste capítulo na história de repressão política em Moçambique .(Lourenço Soares)

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