“CNE não atribui número mas sim posicionamento nos boletins de voto“, diz Paulo Cuinica, porta-voz da CNE

O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica, convocou uma conferência de imprensa, ao princípio da tarde deste quarta-feira (09), onde esclareceu o ponto de situação do posicionamento do partido PODEMOS no boletim de votação, face às reclamações avançadas pelo seu cabeça de lista a governador pelo círculo eleitoral de Nampula.

Cuinica explicou, no entanto que, em nenhum momento os orgãos que tutelam o processo eleitoral no país, teriam atribuído algum número no boletim de votação aos partidos concorrentes, mas sim o posicionamento, mediante a realização de um sorteio com a presença dos mandatários dos mencionados partidos concorrentes.

“O sorteio não atribui número aos partidos políticos nos boletins de voto, o que acontece é que quando há partidos não concorrentes para certos círculos eleitorais o caso de Nampula retiramos, e consequentemente, os posicionamentos alteram-se, assim sendo os que estão em baixo, sobem, mas a ordem mantém-se ”, explicou Cuinica.

Aliás, referiu igualmente que no acto do sorteio, os partidos concorrentes, e por concordarem, assinaram o protótipo referente aos boletins de voto, e houve algumas contestações que foram sanadas pontualmente no local.

Em relação a inquietação manifestada pelo presidente do partido AMUSI ao que tange a colocação dos partidos no verso dos boletins, o porta-voz frisou não se tratar da primeira vez que tal acontece e assegurou que tal não vai influenciar nos resultados com a inutilização dos votos.

Círculo eleitoral de Alemanha não houve votação

Paulo Cuinica, fez saber ainda que o círculo eleitoral da Alemanha, não houve eleições, pelo facto do material nomeadamente os boletins de voto não terem chegado a tempo e hora marcada de acordo com a legislação eleitoral. Mas assegurou que ainda no final do dia desta quarta-feira, a plenária da CNE vai reunir para encontrar possíveis soluções para o efeito.

De recordar que dos 17.163.686 eleitores inscritos no território moçambicano, adiciona-se a número de 333.839 registados em sete países africanos e dois europeus, que inclui a Alemanha.

Problema de falta de nome nos cadernos prevalece

Os observadores da Plataforma Sala da Paz em Nampula, louvaram o processo de votação, pese embora ainda haja problemas de falta de domínio da matéria por alguns membros de mesa de votação. “ há casos relacionados com identificação dos números nos cadernos mas chegadas a mesa o nome do eleitor não consta, e isto tem vindo a gerar certo transtornos nos eleitores, são casos isolados”, disse um dos observadores.