Sociedade
Lázaro Mabunda: Moçambique continua sendo um terreno perigoso para jornalistas investigativos

De acordo com Lázaro Mabunda, Jornalista Investigativo Moçambicano, que falava durante a Conferência Internacional do Jornalismo Investigativo (CIJI), apesar de estarmos num país com direito à liberdade de imprensa, Moçambique continua sendo um terreno perigoso para jornalistas investigativos. Não só pela questão de segurança ao jornalista, mas porque maior parte dos casos de tráfico e outros crimes como a corrupção no país, são liderados por pessoas que constituem as elites políticas e pessoas com poder no Estado. Facto que gera insegurança no exercício da actividade jornalística investigativa em Moçambique.
‘‘Muitas vezes, a questão do autoritarismo do Estado, a questão do narco tráfico, a grande parte destes traficantes, grande parte destes envolvidos na corrupção, grande parte destes e de todos os problemas que ocorrem, sempre encontramos lá um político, pessoas que fazem parte do poder. Sempre se encontra lá a Polícia, sempre se encontra lá generais no activo, antigos generais das forças amaradas já reformados, pessoas que estão do outro lado do Estado, o governo entre outros”, disse o jornalista. “Então, quando tu te metes numa investigação destas, muitas vezes, a questão é de dizer: aquilo que acontecer aconteceu, o que não acontecer temos que agradecer à Deus. Este é o cenário que se vive”, acrescentou Mabunda, Jornalista Investigativo Moçambicano e um dos oradores da Conferência Internacional do Jornalismo Investigativo (CIJI) que decorre desde esta quinta-feira (15), em Maputo.
A CIJI é organizada pelo Mídia Lab e tem como tema ‘‘Jornalismo Investigativo: uma reflexão sobre os desafios actuais e perspectivas futuras nos países africanos’’.