Sociedade
Jornalista Brasileiro critica líderes africanos por inibirem uso de telemóveis em grandes eventos

Discursando no tema sobre “Como produzir conteúdos investigativos de forma independente: o celular como uma ferramenta chave para o jornalismo”, o renomado jornalista Brasileiro Vinícius Assis, por sinal colaborador da TV Globo e Record TV e Membro da Federação Internacional de Jornalistas, entende que o uso do telemóvel nas investigações é primordial, por esta, ser uma ferramenta eficaz e eficiente no exercício desta actividade.
Assis, que produz reportagens usando o celular há mais de cinco anos para diferentes órgãos de comunicação social em África e para países da América Latina como Brasil, criticou a postura dos governantes africanos de inibirem o uso de telemóvel em grandes eventos e recomendou-os a mudar de comportamento, pois a tecnologia é uma ferramenta que contribui para o crescimento do ambiente de negócio.
Assis frisou que é necessário que o jornalista tenha técnicas no uso de telemóvel e/ou outras ferramentas na cobertura de eventos.
“Não basta ter um bom equipamento, mas é necessário saber como lidar, tendo em consideração que o comportamento humano é difícil. Para tal, há que tomar algumas técnicas para evitar o pior. E umas delas tem a ver com a compra de câmeras ocultas, ou telemóveis de pequena dimensão e com alta qualidade ”, relatou.
Vinícios Assis comentava assim, às apresentações dos jornalistas investigativos moçambicanos, nomeadamente, Omardine Omar e Nádio Taimo, os quais, lamentaram o comportamento do governo de Moçambique de proibir o uso de telemóveis nas coberturas jornalísticas.
Mesmo diante desta ameaça, Omardine Omar diz estar a lograr êxitos, porque consegue fechar uma reportagem investigativa na base de celular.
Por sua vez, Nádio Taimo, diz que, a liberdade de imprensa em Moçambique ainda continua uma miragem porque a cada dia que passa, os jornalistas são espancados e arrancados os materiais por parte da polícia a mando dos altos dirigentes da Frelimo, por sinal, partido no poder.(Agostinho Miguel)