Sociedade
Jornalistas querem ver ultrapassado assédio sexual nas redações

A segunda subsecção, por sinal a última, no âmbito da Conferência Internacional de Jornalismo Investigativo, que decorreu nos dias 15 e 16 de Agosto, em Maputo, abordou a temática sobre a ,“Presença da Mulher na Redação, os Desafios e oportunidades”.
Na ocasião, Célia Claudina, jornalista com percurso invejável, sobretudo na abordagem de temáticas relacionadas com a promoção dos direitos da mulher, defende a necessidade de os gestores de órgãos de comunicação social estarem atentos sobre casos de assédio nas redações que nos últimos tempos tendem a ganhar terreno.
Claudina reconheceu que, a camada feminina na mídia ainda enfrenta barreiras, no campo de actuação e nalgumas vezes, culminando com desistência delas.
“Mesmo com este quadro sóbrio estamos a registar alguma melhoria, no que concerne a defesa das mulheres, porque, notamos a presença da camada feminina nas redações e os homens são poucos e isso nos motiva bastante em continuar a exercer a nobre tarefa”, frisou Claudina.
Por sua vez, Jacinta Nhamitambo, jornalista da Rádio de Moçambique há vários anos, entende que, a mulher tem espaço na tomada de decisões, todavia, recomenda a todas as mulheres a amar a profissão de modo a alcançar o sucesso.
“Quando as mulheres vão atrás dos seus sonhos apenas reparam na questão de remuneração e isso pode comprometer o seu desempenho. Temos de deixar que o nosso desempenho ganhe mais em detrimento do dinheiro, porque é do nosso brilho que vê as boas coisas”, disse.
Nhamitambo, explicou que, nos últimos dias, tende a crescer o número de mulheres nas redações em relação os homens quando comparado aos anos anteriores, onde o homem era visto como o único a exercer esta profissão.
“Na década 90, o jornalismo era praticado apenas por homens. Todavia, os nossos pais nos obrigavam a não abraçar a causa por se tratar de uma actividade do homem. Mas, nos últimos dias, o cenário mostra o contrário, há uma grande evolução”, revelou.
Enquanto isso, Ângela Fonseca, do jornal Ikweli, diz ser necessário que as outras mulheres, apostem nos estudos para evitar que os seus direitos sejam violados. (Agostinho Miguel)