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Assinado acordo de cinco biliões para viabilizar Mpanda Nkua

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O Governo moçambicano e um consórcio liderado pela Eletricidade de França (EDF) assinaram nesta semana acordos para implementação do Projeto Hidroelétrico de Mpanda Nkua, na província de Tete, orçado em 5.000 milhões de dólares.

Os acordos celebrados em Maputo formalizam o papel do consórcio liderado pela EDF como parceiro estratégico do empreendimento e responsável pelo desenvolvimento, construção e operação da Hidroelétrica de Mpanda Nkua, uma infraestrutura que terá capacidade de produção de 1.500 Mega Watts (MW).

Além da EDF, o consórcio internacional é constituído pela petrolífera francesa TotalEnergies e pela japonesa Sumitomo Corporation, detendo conjuntamente 70% da hidroelétrica. Em representação do Estado moçambicano, detém os restantes 30% a Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) e a Eletricidade de Moçambique (EDM).

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse, após a assinatura dos acordos, que o empreendimento vai contribuir para que Moçambique seja um dos países na “dianteira da transição energética”, para fontes limpas. “É com muita expetativa e satisfação que hoje testemunhamos uma etapa crucial no sentido de implementação de um dos empreendimentos estruturantes no sector energético no período pós-independência”, afirmou Nyusi.

Mpanda Nkua prosseguiu, vai aumentar a capacidade de geração de energia e contribuir para a satisfação das necessidades do país e da África Austral. O chefe de Estado moçambicano declarou que a infraestrutura também vai reforçar as possibilidades de o país atingir a meta de acesso universal à energia e da industrialização, intensificando a diversificação da economia.

Filipe Nyusi sustentou que os acordos hoje rubricados são a continuidade dos compromissos de Moçambique com a transição energética e a aposta nas renováveis. “Nós vamos continuar a diversificar as fontes de energia, muito brevemente, vamos acrescentar a energia eólica no nosso vocabulário”, frisou.

Filipe Nyusi destacou a criação de cerca de sete mil empregos diretos, dos quais 95% para moçambicanos, na fase de construção da hidroelétrica, e de mais de três mil empregos, na fase de operação. O projeto vai gerar receitas acima de 6,2 mil milhões de dólares durante a fase de operação, acrescentou Nyusi.

Por seu turno, a secretária do Estado de França, Chrysoula Zacharopoulo, disse que a parceria entre entidades moçambicanas e francesas em torno de um empreendimento energético de fonte hídrica e renovável traduz o compromisso com a aposta na transição energética e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. “Os países mais desenvolvidos têm responsabilidades acrescidas no apoio aos países mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas”, declarou Zacharopoulo.

Aquela responsável sublinhou a exposição de Moçambique às “catástrofes climáticas”, como ciclones, enfatizando a pertinência no desenvolvimento de empreendimentos como Mpanda Nkua, uma vez que será alimentado por fonte hídrica. Com a entrada em funcionamento de Mpanda Nkua, a hidroelétrica de Cahora Bassa, construída no período colonial, continuará a ser a maior do país, com capacidade de produção atual de 2.075 MW.

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