Eleições Gerais 2024
Nampula: Polícia nega ter baleado sete manifestantes em Namicopo

Os bairros de Namicopo e Carrupeia, na cidade de Nampula, que ao longo do período de convocação das manifestações pelo candidato presidencial pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, em reivindicação pela justiça eleitoral do escrutínio findo e custo de vida, entre outros, que eram caracterizados por um ambiente calmo, nesta que é a quarta etapa, o cenário foi mais arrepiante.
Na sequência, um grupo de jovens entrou em confronto com a polícia, depois destes incendiaram pneus ao longo da rua da França, assim como no prolongamento da rua Dom Vieira Pinto, que passa pela 3ª esquadra até ao posto administrativo de Namicopo, apelidado por campo de Hanane.
Chamados a intervir, os homens da lei e ordem lançaram gás lacrimogéneo que tinha em vista dispersar os jovens que integravam as escaramuças. Aliás, devido à renitência dos mesmos, a polícia foi obrigada a usar balas verdadeiras, resultando na morte de sete pessoas, uma das quais que se encontravam nas suas residências, além de inúmeros feridos entre graves e ligeiros.
Depois desta acção policial, os manifestantes escalaram ao posto administrativo de Namicopo e queimaram o mesmo, facto que resultou na perda de alguns electrodomésticos e documentos.
Entretanto, a polícia nesta parcela do país, convocou a imprensa no princípio da noite desta quarta-feira, para se pronunciar a respeito das manifestações.
Na ocasião, Dercio Samuel disse que, a corporação policial não confirma a morte de sete pessoas, todavia, avançou que, quatro (4) manifestantes ficaram feridos em confrontos com agentes da polícia à paisana tendo sido prontamente evacuados ao Hospital Central de Nampula para os cuidados médicos.
“Não cabe a polícia declarar óbito alguém. Temos instituições apropriadas. O que queremos adiantar é do ferimento de quatro manifestantes que foram evacuados para o Hospital Central de Nampula onde recebem cuidados medicos”, avançou.

Vítima de baleamento em Namicopo durante as manifestações
Samuel, referiu apenas da detenção de 22 manifestantes pelo seu envolvimento na vandalização e saque ao posto administrativo de Namicopo e o espancamento de um membro da polícia.
“Ademais, o mesmo grupo incendiou o posto administrativo de Namicopo e fez de refém um membro da polícia que estava à paisana e foi agredido pelos membros e simpatizantes de Venancio Mondlane. Com estas acções que se assemelham aos de terroristas, obrigou a PRM a intervir imediatamente para o resgate do nosso colega que estava em perigo”, frisou.
(Julio Paulino)