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Eleições Gerais 2024

Daniel Chapo toma posse como quinto Presidente de Moçambique e promete reformas abrangentes

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Daniel Francisco Chapo foi empossado hoje como o quinto Presidente da República de Moçambique, assumindo o cargo em meio a desafios políticos e sociais significativos. A cerimônia de investidura, realizada na capital do país, marcou o início de um mandato com promessas de combate à corrupção, fortalecimento da economia e melhoria dos serviços públicos.

A solenidade ocorreu na Praça da Independência, reunindo cerca de 2.500 convidados, entre representantes nacionais e internacionais, incluindo os presidentes Cyril Ramaphosa, da África do Sul, e Umaro Sissoco Embaló, da Guiné-Bissau. Líderes regionais e delegações de Portugal, Angola e outras nações também estiveram presentes.

Em seu discurso inaugural, Daniel Chapo destacou a necessidade de uma liderança inclusiva e comprometida com os cidadãos. Entre suas prioridades estão o combate à corrupção, investimentos na saúde e educação, e a criação de oportunidades de emprego, especialmente para os jovens.

“O nosso governo será pautado pela transparência e proximidade ao povo. A corrupção será combatida com firmeza, porque não há lugar para práticas que prejudicam o desenvolvimento de Moçambique,” afirmou o novo Presidente.

Principais propostas

  • Corrupção: Criação de uma Central de Aquisições do Estado para garantir maior fiscalização e transparência nos processos públicos.
  • Educação: Distribuição gratuita de materiais escolares e requalificação de infraestruturas, além da valorização dos professores.
  • Saúde: Reforço nos equipamentos hospitalares e melhores condições para os profissionais da saúde.
  • Emprego: Incentivos ao empreendedorismo juvenil e redução da burocracia para fomentar o sector privado.
  • Administração pública: Redução de regalias estatais, incluindo o congelamento da compra de viaturas protocolares, priorizando investimentos em ambulâncias e outros serviços essenciais.


Embora o novo Presidente tenha obtido 65,17% dos votos nas eleições de 9 de Outubro, segundo o Conselho Constitucional, o processo eleitoral foi marcado por contestação. O candidato da oposição, Venâncio Mondlane, do partido PODEMOS, rejeitou os resultados e se autoproclamou Presidente eleito, alimentando tensões políticas e sociais.

Mondlane, que obteve 24% dos votos, criticou publicamente o processo eleitoral, organizando manifestações que resultaram em confrontos e mais de 200 mortes.


Chapo assume a presidência em um momento crítico, com o país politicamente dividido e enfrentando desafios estruturais como pobreza, desigualdade e a recuperação da confiança nas instituições públicas.

“A minha missão é unir Moçambique, superando divisões e garantindo que cada cidadão tenha acesso a direitos básicos e dignidade,” declarou Chapo, enfatizando que o sucesso dependerá da colaboração entre governo e sociedade civil.

A tomada de posse de Daniel Chapo representa um ponto de inflexão na história de Moçambique, carregando as expectativas de uma população ansiosa por mudanças efectivas.

Por: Lourenço Soares

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