Política
Ex-guerrilheiros da Renamo em Nampula chumbam Venâncio Mondlane para a presidência do partido

Os combatentes do partido Renamo em Nampula, convocaram a imprensa na tarde desta segunda-feira, para manifestar o seu repúdio contra a candidatura de Venâncio Mondlane e outros membros, que se mostraram interessados em concorrer para o trono da Perdiz.
Segundo o Chefe Provincial dos Assuntos Sociais dos Desmobilizados da Renamo, Oliveira Uarica, o seu grupo não aceita que alguém venha ao partido com interesses obscuros e pessoais, visando distrair os membros. Venâncio Mondlane, Elias Dhlakama, Manuel Bissopo e Timosse Maquinze são, no entender dos desmobilizados, os principais rostos do caos que caracteriza o maior partido da posição nos dias que correm.
“Nós ex-guerilheiros da Renamo, sabemos que Venâncio Mondlane tudo faz para desencorajar a população no apoio incondicional ao presidente do partido Ossufo Momade. Contudo, os moçambicanos sabem que a intensão do seu mandante é se perpetuar no poder e impedir mudanças no país, para continuar a semear sofrimento e terror nas populações”, disse Uarica.
Dirigindo-se directamente à Mondlane, Uarica declarou que na RENAMO não há espaço e não será desta vez que chegará à presidência do partido. “Em honra a linhagem política do partido e do presidente Ossufo Momade, não vamos aceitar a candidatura de Venâncio Mondlane e o seu grupo, por estes apresentarem um comportamento negativo e desrespeitoso aos órgãos do partido legalmente instituídos”, avisou Uarica.
No mesmo diapasão, apelou aos membros, simpatizantes do partido e a população em geral, para continuarem a apoiar o general Momade, não se associando ao grupo de Mondlane. Por fim, explicou que a Renamo através da sua direcção máxima, continuam a lutar pacificamente, visando encontrar melhores estratégias para a realização de eleições livres, justas e transparentes, rumo a consolidação da democracia multipartidária, convicto que, enquanto Moçambique continuar liderado pela Frelimo, continuará de “pedra e cal” entre os dez países mais miseráveis do mundo, como tem sido desde a independência nacional, em 1975.