Connect with us

Política

Chapo cercado por colossos que querem garantir o tacho no próximo mandato

blank

Publicado há

aos

blank

Como já é habitual nos últimos anos, a Frelimo colocou todos os históricos de cócoras a endossar o candidato presidencial daquele partido que governa os destinos dos moçambicanos desde o ano de 1975.

Como forma de dar legitimidade a um candidato incógnita, que se diz ser a “Madeira”, enquanto o partido é o “carpinteiro”, Graça Machel, Armando Guebuza e Joaquim Chissano saíram em campanha em apoio a Daniel Chapo.

Mas a coisa vai além de um simples apoio. O grupo que vai mandar em caso de vitória eleitoral de Chapo, irá controlar a vida económica do país, o que pressupõe que para os históricos que sobrevivem do Estado devem dar seu apoio agora ou ficarão de fora das grandes farturas que se avizinham. Graça Machel, viúva do primeiro Presidente moçambicano, divulgou um vídeo onde apresenta o seu apoio ao candidato presidencial.

“Camarada Chapo és o meu candidato, és o candidato de toda a família Machel, não apenas porque tu és o candidato do partido Frelimo, mas, sobretudo, porque nós nos identificamos com a forma como renovar o contracto com o povo”, avança viúva de Samora Machel e Nelson Mandela num vídeo gravado onde apresenta o seu apoio à Chapo.

Graça Machel referiu no mesmo vídeo, o combate à corrupção como uma das prioridades do futuro Presidente da República, lembrando que Chapo tem sido um líder na luta contra a corrupção.

“Isso é que é liderança por exemplo, nós nos identificamos com a forma como tu te defines como líder (…). Todos nós temos a responsabilidade de reerguermos o nosso país”, continuou.

A presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), que trabalha no combate à pobreza das mulheres pobres, considera que o Governo deve criar mecanismos de apoio para os projectos de desenvolvimento implementados pelas mulheres.

A antiga ministra da Educação e uma influente voz na sociedade moçambicana tem sido uma importante voz no interior do partido que se encontra no poder desde 1975.

Por seu turno Joaquim Chissano endossou ao Daniel Chapo porque este gosta de “trabalhar para o povo”. “Esse jovem sofreu muito para chegar aqui. Trabalhamos muito para encontrar um candidato certo e, felizmente, encontramos. A principal característica dele é gostar de trabalhar para o povo e não para benefício próprio”, explicou Chissano.

Chissano falava em Malehice, sua terra natal, após receber a visita do candidato da Frelimo.

Chissano, que também foi Primeiro-Ministro do governo de transição, pouco antes da proclamação da independência nacional, em 1975, pediu a população de Gaza, em especial de Muzingane para apoiar Chapo, tanto em termos de voto para ser eleito presidente, como em ideias para governar da melhor forma o país. ~

“Vamos todos votar nele. Ele precisa do nosso apoio, por favor não o abandonem. Precisa e vai precisar do nosso apoio”, apelou.

Alertou publicamente que governar não é tarefa fácil, e prometeu dar seu total apoio para que o jovem candidato da Frelimo não se sinta desamparado na difícil missão de liderar os destinos do país.

“Não é tarefa fácil ser presidente, é um fardo. Mas vamos te ajudar a carregar o fardo. Estaremos sempre presentes para ensinar e mostrar caminho”, assegurou.

Por fim, Armando Guebuza, igualmente antigo Presidente, apoiou em vídeo, tal como Graça Machel. Guebuza expressou satisfação ao perceber que o manifesto de Chapo retoma uma das bandeiras de seu governo: a descentralização económica e o fortalecimento dos distritos.

“Alegra-nos saber que no seu manifesto eleitoral, o distrito é definido como um polo pendular do nosso desenvolvimento”, disse Guebuza.

 Esta abordagem remete diretamente à política dos “sete milhões”, uma iniciativa de seu governo que destinava recursos directamente aos distritos, com o objectivo de fomentar o surgimento de pequenos negócios e fortalecer as economias locais.

O vídeo, além de ser um endosso a Daniel Chapo, está a ser interpretado pela opinião pública, como uma tentativa de Guebuza reforçar o seu legado político, especialmente a política de descentralização que marcou o seu governo.

O país realiza em 09 de Outubro as eleições gerais, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, com um total de 37 forças políticas concorrem nas legislativas e provinciais, de acordo com dados oficiais.

Além de Chapo, nestas eleições concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento

Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, Venâncio Mondlane, apoiado pelos extraparlamentares Podemos e Coligação Aliança Democrática. (Mangava dos Santos).

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *