Política
Frelimo reforça compromisso com diálogo e proximidade ao povo na I Sessão Ordinária da 10ª Legislatura

A bancada da Frelimo na Assembleia da República (AR) reafirmou esta quarta-feira (26), o seu compromisso em manter um contacto directo com as populações, promovendo a ausculta nos bairros e povoações para compreender e endereçar as suas preocupações. Durante a cerimónia solene de abertura da I Sessão Ordinária da 10ª Legislatura, realizada hoje em Maputo, o chefe da bancada da Frelimo, Feliz Sílvia, sublinhou que o povo é o verdadeiro “laboratório social” para a elaboração de leis eficazes.
“Os deputados da Frelimo estão cientes das suas responsabilidades e do dever de servir, de forma exclusiva, os moçambicanos. Por isso, assumimos o compromisso de manter as nossas portas sempre abertas, garantindo uma agenda disponível para acolher todas as contribuições que possam contribuir para o progresso da nossa nação”, declarou Sílvia.
A sessão inaugural ocorre num contexto marcado por manifestações violentas que abalaram diversas cidades moçambicanas após as eleições gerais de 09 de Outubro. Os protestos, convocados pelo candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, resultaram em atos de vandalismo, saques e danos a infraestruturas públicas e privadas, comprometendo a estabilidade social e económica do país.
Diante deste cenário, os partidos com assento na AR e nas assembleias provinciais e municipais assinaram, a 5 de março, um compromisso político para um diálogo nacional inclusivo. A bancada da Frelimo garantiu que irá privilegiar a busca por consensos ao longo dos trabalhos parlamentares desta primeira sessão ordinária. “O nosso compromisso com o diálogo e a procura de consensos pautará a nossa atuação no parlamento”, frisou Sílvia.
No seu discurso, o chefe da bancada da Frelimo assegurou que a representação do partido no poder atuará em prol de todos os moçambicanos, sem exceção, incluindo as bancadas da oposição: PODEMOS, Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM). O deputado garantiu ainda que não haverá recurso à “ditadura do voto”, pois a prioridade é o interesse nacional. “Temos plena consciência de que todos servimos ao mesmo povo e à mesma nação moçambicana”, destacou.
Para Sílvia, a atuação parlamentar deve reflectir os anseios reais da sociedade, reforçando o conceito de democracia representativa. “O deputado não é apenas um representante, mas um servidor do povo. Suas decisões e votos devem ser guiados pelos problemas concretos da sociedade”, concluiu.
A sessão solene contou com a presença de diversas personalidades de relevo, entre as quais a Primeira-Ministra, Benvinda Levi; a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro; o presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga; e a presidente do Tribunal Administrativo, Lúcia do Amaral. Também estiveram presentes líderes partidários, incluindo Albino Forquilha, presidente do PODEMOS. (NGANI)