Sociedade
Casal recolhe às celas por tentativa de venda de menores em Nampula

Um casal que se presume seja cabecilha de uma quadrilha que se dedica ao sequestro e venda de menores, está a contas com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula, por alegado envolvimento no crime de tráfico de seres humanos.
Dados na posse do NGANI, indicam que o casal foi capturado quando tentava vender três menores, dois dos quais, seus filhos legítimos, no valor de 3 milhões de meticais.
A porta-voz do SERNIC em Nampula, Enina Tsinine, disse que a neutralização do casal, incluindo o irmão de um deles, resulta de uma denúncia popular após notar uma conduta duvidosa daquele grupo, no bairro de Natikiri, arredores da capital do norte.
“ Quando recebemos a denúncia acionamos mecanismos que resultaram na identificação de um dos indiciados, por sinal era tido como intermediário para a venda dos referidos menores”, disse.
Enina Tsinine, frisou que, este grupo estava na mira do SERNIC, pelo seu envolvimento em actos criminais, com destaque para o tráfico de seres humanos. Aliás, a fonte disse ainda que decorrem diligências para a localização de um menor que foi sequestrado por este grupo e que neste momento encontra-se em parte incerta.
“O SERNIC já lançou suas linhas operativas no sentido de localizar o esconderijo, porque o casal confessou o crime. E suspeitamos que isso tenha ocorrido no distrito de Moma, concretamente em Chalaua, por sinal terra natal dos detidos’’. Revelou.
Por forma a estancar a onda de sequestro que culmina na venda de menores, a porta-voz do SERNIC na província mais populosa do país, aconselha aos pais e encarregados de educação a tomarem medidas de precaução, denunciando às autoridades policiais de quaisquer movimentações nas comunidades de indivíduos com conduta duvidosa.
“Apelar aos pais e encarregados de educação para a necessidade de reforçar a segurança. Sempre que saírem para um ponto, deixem os filhos com pessoas de confiança”, reiterou.
Entretanto, os indiciados confessaram o crime e apontam a pobreza como a principal causa.