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Economia

Procura de Energia vai duplicar até 2050, diz Painel Ministerial na Angola Oil & Gas (AOG) 2024

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Durante um dis­curso proferi­do an­tes do painel ministerial, Mohamed Hamel, Secre­tário-Geral do Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF), destacou o potencial que o gás natu­ral oferece para respon­der a essa procura. Paí­ses como Angola – que já produzem gás há vários anos – estão bem posi­cionados “para alavancar parcerias com vizinhos regionais para melhorar o comércio de petróleo, ao mesmo tempo que cola­boram com parceiros em novos projectos”.

“O GECF projecta que a procura por gás natu­ral aumentará 36% até 2050. É a energia com o crescimento mais rápido depois das renováveis. A procura de energia deverá mais do que duplicar até 2050, enquanto o consu­mo de energia primária deverá aumentar 20% até 2050. Apelamos às insti­tuições africanas para li­derarem o desenvolvi­mento do gás africano”, afirmou Hamel.

À medida que a pro­cura continua a crescer, África enfrentará um de­safio significativo – con­seguir o capital necessá­rio para colocar novas produções em operação. A Organização dos Paí­ses Africanos Produtores de Petróleo (APPO) – em colaboração com o Ban­co Africano de Exporta­ção e Importação – con­cebeu uma solução para aumentar a disponibili­dade de capital para pro­jectos de energia em Áfri­ca: o Banco Africano de Energia.

“Precisamos de mais um país membro para assinar o acordo de ra­tificação antes de o fi­nalizar. Em termos de estabelecimento, já con­seguimos isso. Em Ju­lho, selecionámos a sede para o banco: Nigéria. O último desafio foi anga­riar os fundos. Tenho o prazer de dizer que, mes­mo antes de assinarmos o acordo de criação, conse­guimos angariar 45% do que precisávamos para o capital do banco. Gosta­ria de agradecer a Ango­la por fazer parte disto”, afirmou o Omar Farouk Ibrahim, Secretário-Ge­ral da APPO.

Para produtores emer­gentes e maduros em África, o lançamento do Banco Africano de Ener­gia oferece uma oportu­nidade estratégica para avançar com projectos de petróleo e gás e aten­der à crescente procu­ra. Segundo Diamantino Azevedo, Ministro dos Recursos Minerais e Pe­tróleo de Angola, “este é um momento de negó­cios. Temos de ser mais independentes. As rela­ções económicas entre os países africanos precisam de ser priorizadas. Há uma grande oportunida­de para criarmos perspec­tivas de negócios e impul­sionarmos projectos com os nossos vizinhos.”

Para produtores em as­censão, como a Repúbli­ca Democrática do Con­go (RDC) e a Namíbia – ambos à procura de in­vestimentos para acelerar a exploração – as lições aprendidas com Ango­la apoiarão o desenvolvi­mento de projectos.

Aimé Molendo Sakom­bi, Ministro dos Hidro­carbonetos da RDC, as­sinalou que “é bom estar em Angola, um pioneiro em hidrocarbonetos. Es­tamos aqui para apren­der. Hoje assinámos um tratado para a governa­ção, produção e explora­ção do Bloco 14. Estamos a torná-lo mais operacio­nal e aguardamos a ra­tificação. Isso seguirá a aprovação dos dois che­fes de Estado. A Chevron será o líder técnico e for­necerá um cronograma de produção”.

Da mesma forma, a Na­míbia pretende alavancar a sua parceria com Ango­la para apoiar o desenvol­vimento de campos pe­trolíferos, fortalecer o seu sector de logística e de­senvolver capacidades lo­cais. Kornelia Shilunga, Vice-Ministra do Minis­tério das Minas e Energia da Namíbia, disse: “Esta­mos na linha da frente. O petróleo e gás é um sector novo para nós, enquan­to Namíbia, mas estamos comprometidos em cola­borar. Desde as descober­tas na Bacia do Orange, iniciámos um exercício de aprendizagem, apren­dendo com aqueles que vieram antes de nós e com os especialistas da indústria. Fizemos várias visitas a esses países, in­cluindo Angola”.

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